O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Nascendo no coração...💕


Hoje é o da Nacional da Adoção.
Esse dia me remete há alguns anos atrás, quando tudo começou! Quando a Adoção começou a fazer parte da nossa história!
Talvez algumas pessoas não concordem com o fato de eu sempre escrever à respeito.
Talvez argumentem que se o Amor por um filho adotivo é o mesmo que o Amor por um filho biológico, por que então tocar no assunto?
Eu gosto de escrever à respeito, porque quando penso no assunto, meu coração transborda de Amor!❤
E acho importante falar à respeito, para desmitificar o ato da adoção; e assim contribuir para quebrar os preconceitos e paradigmas, que ainda existem!
O Amor é exatamente igual, sim! 
Sou mãe biológica e do coração! E posso falar com experiência de causa!
O Amor que sinto por meus dois filhos, é exatamente igual: em grandeza, em transbordamento e em entrega! Ser mãe dos dois, me completa como mulher!
Hoje, enquanto estava no banho, conversei com Deus:
- É... eu converso com Deus em horas inusitadas... Quando sinto necessidade!
E hoje ao lembrar de como tudo começou, agradeci a Deus por ter entrelaçado nossos caminhos!
Agradeci pela vida do meu filho! E pedi que o abençoasse, e que ele seja sempre feliz.  E que cresça, e permaneça sempre, nos caminhos do Senhor!
Orei por mim e por meu marido, para que sejamos bons pais. E que tenhamos discernimento para criá-lo sempre com princípios e valores! Ensinando o que é bom, o que correto e o que é digno!
 E orei também pela genitora dele: onde quer que ela esteja, que Deus a abençoe – porque através da vida dela recebi um presente precioso...
Lembro-me da primeira vez, que vi olhar do meu filho... Foi emocionante!❤
Ele era um bebê gorduchinho, e quando a assistente social chegou com ele, ele olhou pra nós – pra mim e para o meu marido -, e abriu um sorriso lindo!
Naquela hora, as lágrimas rolaram e o meu coração “derreteu” de tanto Amor!❤
É inexplicável, mas naquele momento – ele nasceu pra nós! Ali, diretamente em nossos corações! E já era nosso, à partir de então!
Quem não viveu a experiência talvez não entenda... E talvez não haja uma explicação mesmo! Só vivenciando pra entender. 💕
À partir daquele dia, todos dias íamos visitá-lo. A previsão era que demoraria uns quinze dias, pra ele ir para casa.
A espera foi se tornando angustiante! Eu queria que fosse logo, imediatamente!
O curioso – é que  junto com aquele Amor que nasceu naquele dia, nasceu também o instinto de “leoa”, quase primitivo. Aquele instinto de que temos que preservar e cuidar da nossa cria! 😊
Quando voltávamos pra casa, eu ficava pensando: será que elas vão cuidar bem dele? Será que ele está dormindo bem? Será, será....e será??
Transcorreu aquela semana, e no domingo não pudemos visitá-lo. Disseram-nos que ele iria à um churrasco, na casa da psicóloga.
            Eu e meu marido ficamos indignados! Por que não poderíamos visitá-lo, nem mesmo no final da tarde? E pra quê levar nosso filho tão pequenininho, num churrasco?
E se não cuidassem bem dele? E se acontecesse alguma coisa?
O instinto primitivo falou mais alto... E nos esquecemos, que nos últimos meses, ele tinha vivido ali. E que tinha sido muito bem cuidado! Mas bateu aquele ciúme, em nós! 
Ele não chegou em quinze dias...
Aquele churrasco tinha um motivo: era a despedida delas com ele.
Na segunda fomos chamados no fórum. A guarda provisória tinha sido expedida! Que emoção, que alegria!
Naquele momento, o fato de eu ser apressada e ansiosa, nos ajudou. Porque eu, meu marido e a minha filha mais velha corremos pra aprontar tudo: compramos roupinhas, carrinho, berço, cadeirinha para o carro. Eu o fiz até  pintar e me ajudar a decorar o quarto! 😂
E, em uma semana estava tudo pronto.
Chegamos ansiosos, com a roupinha pra ele sair. Eles não permitiam que a criança levasse nada do abrigo, excetuando-se um item!
Quando já estávamos prontos pra ir embora, a assistente social nos entregou uma caixinha com um laço, dizendo que aquilo era do Pedro. Na hora pensei que fosse alguma roupinha ou algum brinquedinho que ele tivesse.
Ao abrir, nos deparamos com um caderno azul e ao folheá-lo, pude conhecer a rotininha dele, desde que havia chegado ao abrigo. 
Aquilo era um tesouro...💝  E o guardo com carinho, pra ler com ele, quando tiver mais maturidade.
Fomos para casa: eu e meu marido, emocionados!  Enfim, o nosso príncipe estava em casa -  no seu lugar!
Mais tarde, fui ler o caderninho dele com mais atenção, e uma anotação de uma das cuidadoras, fez eu e meu marido nos emocionarmos, mais uma vez:
“01/04/2011
Quando cheguei o Pedro estava dormindo. Teve a visita de seus pais. Quando voltou estava acordado e com os olhos brilhando! Ficou quietinho!
...
Durante a noite não acordou nem durante as trocas de fraldas. Por diversas vezes durante a madrugada sorria enquanto dormia. Noite maravilhosa!”. 
Foi maravilhoso poder tomar conhecimento de sua rotina! Especialmente da noite em que estivemos lá!❤
Naquela noite, quando chegamos em casa, ele dormiu a noite toda. Foi como se soubesse que ali era o seu lugar!
Já se passaram sete anos, desde então!
E eu vejo nele, um pouco de cada um nós!
Pode não ser o mesmo sangue à correr em nossas veias! Mas a “hereditariedade” existe, sim!
Eu vejo a “hereditariedade” nos jeitos e maneiras, que ele herdou de nós!
Eu vejo à mim mesma, através do seu jeito desinibido, falante e sociável!
Quando chega a algum lugar, e dá bom dia, boa tarde ou boa noite, exatamente do jeito que eu faço!
E vejo ao meu marido, quando ele tira a camisa no verão - igualzinho ao pai-, para lavar o carro, ou outra coisa qualquer!
Ou, quando sai da escola todo orgulhoso, pelo Tio Jaime o chamar de “Pedrinho da Bike” – porque às vezes, o pai, o busca de bicicleta!
Quando dá “glórias a Jesus”  ao ficar feliz com alguma coisa ou conquista!
Eu vejo aí a “hereditariedade”: que transcende a ciência, a genética e o sangue!
E  que -  o Amor que nos une -, é o que realmente importa! E nada mais!💕
Amo você, meu filho!❤

domingo, 13 de maio de 2018

A maternidade...♥


“Mãe de Barriga, Mãe de coração, Mãe de vida ou de consideração... 
Mãe de “anjo”, que pra sempre será mãe... 
Mãe é Mãe, com os mesmos medos...Ansiedades...cuidados....  
E principalmente com o mesmo amor ... incondicional e eterno!”

Que Deus abençoe hoje, todas as Mães!
Faço hoje uma re-postagem de um texto que escrevi em 2016. De lá pra cá, experimento também a emoção de ser Avó, que é uma outra espécie de Amor  - tão incondicional e grandioso quanto o Amor de mãe!
“Comecei a refletir nesses últimos dias: de todas as minhas realizações como mulher – pra mim - creio que ser Mãe é a mais importante  e sublime de todas!
É claro que além de ser mãe, desempenho muitos outros papéis!
...
Porém, de tudo que já fiz e realizei na vida - a maternidade é o que mais me completa e o que mais me realiza como mulher!
Quando me tornei mãe da minha filha mais velha, eu era muito nova: tinha apenas vinte anos.
Nossa! Pela inexperiência e pouca idade, errei muito tentando acertar! Mas em meio a todos os meus erros e acertos, creio que fui e sou, uma boa mãe para a minha filha.
Quando me tornei mãe do meu caçula ocorreu exatamente o contrário: tornei-me mãe na maturidade, com quarenta e seis anos.  Com a idade, tornamo-nos mais sábias e pacientes. Às vezes tenho que me policiar para não ser permissiva demais.  Mãe na maturidade acaba se tornando uma espécie de avó do próprio filho!  Mas creio que apesar das minhas limitações, sou uma boa mãe para o meu filho também.
Ser Mãe é viver em um constante conflito de sentimentos:
- Às vezes um Amor tão grande, verdadeiro e profundo que chega a doer no peito!
- Noutras vezes, um esgotamento tão grande, que a vontade que se tem, é de fugir pra bem longe... Mas a vontade vem e vai com a mesma rapidez! Porque é só olharmos para aquelas criaturinhas arteiras - mas totalmente indefesas quando estão dormindo - e o nosso coração se derrete de tanto Amor!!
Ser Mãe é sentir a dor de cada vacina, de cada injeção. É ficar agoniada ao ver o filho(a) doente, com febre. E desejar estar ali, sofrendo no seu lugar!
Ser Mãe é estar sempre reclamando: que o filho(a) não para quieto. Que não aguenta mais tanta bagunça, tanta malcriação! Porém, quase  no mesmo instante, dar graças a Deus por tudo isso -  pela saúde e vitalidade dos filhos e filhas!
Ser Mãe é nunca mais ter sossego, e muitas e muitas vezes dizer:   - Ah! Não vejo a hora que esse(a) menino(a) cresça para não me dar mais trabalho!
Os filhos crescem, sim. Mas mãe que é mãe, nunca para de se preocupar... Mesmo que o filho(a) não dê mais “trabalho”! 
Ser Mãe é viver em constante estado de contradição! Muitas vezes se sentir a pior mãe do mundo. Noutras vezes, a melhor! 
Deve ser por isso que existe aquele ditado: “Ser mãe é padecer no paraíso”!
Eu agradeço a Deus pelo privilégio de ser Mãe! Sou o exemplo vivo, de que qualquer mulher pode experimentar essa maravilhosa e bendita experiência! 
Sou mãe biológica e do coração! Amo meus dois filhos com a mesma intensidade! E posso falar por experiência de causa, que não existe diferença nenhuma no Amor que sinto por ambos.
E sabem por quê? Porque um filho nasce primeiramente em nossa alma, nasce lá no âmago do nosso ser! Independentemente de ter sido gerado no ventre ou no coração...
Os filhos nascem de várias maneiras, como eu mesma disse certa vez!
A única coisa que é imprescindível ter para ser Mãe... é Amor! É ter a capacidade de Amar e se entregar...
E é uma bênção que Deus concede a todas as mulheres!! Basta querer e se entregar incondicionalmente  a esse Amor...
Amo vocês meus filhos: Natália e Pedro Olavo!
E sou uma pessoa melhor, pelo simples fato de ser mãe de vocês! ".