O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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domingo, 30 de abril de 2017

Às vezes voltamos no tempo...❤️

Imagem extraída do Google
Meu Deus! Como o tempo está passando depressa!
Desde o início do mês estou tentando sentar e escrever. Mas está difícil! O tempo está voando com uma velocidade incrível! Eu creio que a *Teoria da Ressonância Schumann tem lá a sua veracidade...
Estou tentando escrever sobre o que senti ao relembrar o passado, num encontro que tive com uma colega muito querida no início do mês.
Ao longo da nossa existência, de vez em quando, o passado “bate à nossa porta”! Quando menos se espera, alguém, ou alguma situação inesperada, nos transporta a um tempo longínquo... Muitas vezes esquecido lá no fundo da nossa memória!
Há algumas semanas atrás, o passado “bateu” com força! E lembranças que estavam adormecidas, voltaram à minha mente.
Primeiro foi o encontro com essa colega de um curso técnico que fiz há muitos anos atrás.
Depois, foi o encontro virtual com meu grupo do ginásio! Parece mentira... Mas quase quarenta anos se passaram! Lembranças esquecidas, de repente foram voltando, voltando...  
Situações que eu nem me lembrava mais, foram tomando forma em minha mente, à medida que alguns do grupo iam relembrando os fatos! A cada dia, um nome novo, uma lembrança nova! E o que estava muito bem guardado -  lá num cantinho do baú da minha memória - como por encanto, passou como um filme diante dos meus olhos!
É interessante como a nossa mente funciona com relação às lembranças!
        Confesso que tenho certa dificuldade em relembrar coisas do meu passado. Tenho que fazer um bom esforço! Minha memória trabalha melhor com fatos recentes! Porém, de vez em quando, ela é testada...
Pois bem, além do reencontro com o pessoal do ginásio, tive esse outro reencontro inesperado! E é sobre ele que vou falar hoje.
No início do mês participei de uma feira literária, expondo e vendendo meus livros. E bem no finalzinho dela, quando já estava me preparando para ir embora, uma moça loira, alta, veio me cumprimentar.
Nesses eventos é normal que as pessoas venham nos cumprimentar, e conversar a respeito de nosso trabalho.
            Ela veio até a mim, meio tímida. E olhando nos meus olhos... Parecia que estava meio emocionada! Olhei bem atentamente em seus olhos, e foi então que a reconheci!
Era a minha querida colega Luciana, do curso de administração da FIEC quem estava ali!  A Lú... Como eu a chamava!
Então a abracei, também emocionada e nesse momento o passado veio mais uma vez, em flashes, como um filme em minha memória!
Estudamos juntas há mais de quinze anos! Ela sentava atrás de mim. E me chamava de “mãe”, como todos da classe, porque eu era a mais velha!
Eu era uma espécie de “mentora” para ela, e pra alguns de minha turma.
Primeiro por ser mais velha. E segundo, porque tirava boas notas, e acabava ajudando quem tinha dificuldade com alguma matéria.
Nessa época, eu estava recém - separada.  Vivia uma fase bem complicada de minha vida! Sentia-me perdida e insegura, com relação ao meu futuro. E vislumbrei naquele curso técnico, a chance de voltar ao mercado de trabalho! Fiz o curso técnico em administração.      
Essa foi uma época bem peculiar de minha vida: de repente, comecei a fazer várias coisas ao mesmo tempo! Coisas novas, que eu nem imaginava que um dia seria capaz de fazer!
            Como diz um velho ditado: ‘quando a água bate no bumbum, a gente aprende a nadar bem depressa!’. E foi isso que eu fiz...
            Depois de uma pausa de aproximadamente dezoito anos, voltei a estudar!
Pois bem, nessa época eu me encontrava bem apertada financeiramente.  
Então resolvi fazer pães de mel pra vender. A receita foi a minha amiga Sandra quem me passou. Era uma receita da Bete, sua amiga de longa data (acho que a Bete não sabe, mas sua receita me ajudou muito nessa época! 😃 ).  
Comecei imediatamente minha produção de pães de mel! Fazia cem de cada vez e levava na aula pra vender. Eu os produzia com uma facilidade! Numa velocidade incrível! Certamente hoje, não teria toda essa disposição...😃 
          Como o pessoal ia direto do trabalho para o curso, e geralmente com fome, era muito fácil vendê-los! Vendia tudo que levava. E depois marcava um dia para receber.
        Quando o curso mudou para outro prédio em que não havia cantina, revolvi fazer também umas tortas de frango pra vender. Eu ia de ônibus, e levava na assadeira mesmo.          
Encontrei ali, mais um “nicho de mercado”! 😃  Lembro-me que apareciam alunos até de outras classes para comprar minhas tortas!
         Tenho boas recordações dessa época, apesar da fase complicada que estava vivendo em minha vida pessoal...
Os estudos eram pra mim, uma válvula de escape, em meio ao turbilhão em que se encontrava minha vida!
Eu me divertia também, ao observar meus colegas mais jovens. Suas conversas divertidas e brincadeiras! A maioria tinha por volta de vinte anos, e eu trinta e cinco. Sentia que um pouco da jovialidade deles passava pra mim... 😃 
          A Lú nessa época, namorava o “Neguinho”. Eles terminavam e voltavam... Eu achava engraçado!
      Ela sentava atrás de mim - e estava sempre me chamando “Ôh, Mãe”! Éramos muito amigas! Estávamos sempre juntas!
O curso durou um ano e meio. Com o término, cada um foi cuidar da sua vida.
Infelizmente a vida - o corre-corre do cotidiano-, trata de afastar aqueles a quem queremos bem!
E assim, perdi o contato com a Lú, e com tantos outros... E mais de quinze anos nos separaram.
Nesse lapso de tempo, eu refiz minha vida. Casei, tive mais um filho, continuei a trabalhar. Tornei-me bancária, e posteriormente, escritora (por um acaso do destino...).
            Ela também casou: com “Neguinho”! Fiquei feliz em saber! 😃  Teve dois filhos lindos, e tem o seu trabalho também!
Há um tempinho atrás - no final do ano passado-, ela me encontrou no facebook.         
Ficamos as duas felizes com o reencontro! Conversamos, mas infelizmente, foi algo meio superficial, pois não havíamos nos encontrado pessoalmente!
            No entanto, naquele sábado, ela sabia que eu estaria lá, na feira literária.          E me fez a surpresa de aparecer, quase no final! Só senti não podermos conversar mais, pois justo naquele dia, eu tinha um compromisso logo depois, e já estava atrasada.
     Prometemos nos encontrar outras vezes, para matar as saudades e relembrar dos velhos tempos!
            Apesar da distância imposta pelos anos, vivemos situações parecidas: os casamentos, a chegada do(s) filho(s). E perdas também: ela perdeu a mãe e eu perdi minha amada sobrinha Júlia. Ambas sofremos muito!
            Cada uma, à sua maneira, tocou sua vida!  
E naquele sábado, no finalzinho daquela feira, eu vi naquela mulher de cabelos curtos - que me encarava emocionada – a menina de cabelos loiros, lisos e longos, que sentava atrás de mim, e me chamava de “Mãe” ... Naquele momento, senti novamente o calor da nossa amizade!
E vi a minha vida, e vi o tempo, mais uma vez, voltar atrás... 

“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova evidente de que as pessoas não se encontram por acaso”.
                                                                               Antoine de Saint-Exupery