O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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terça-feira, 26 de março de 2013

A gente se acostuma com tudo nessa vida!

Imagem extraída do Google
Eu sempre digo que a gente se acostuma com tudo nessa vida!
Com as coisas boas (é claro), e até com as ruins também...
Estou dizendo isso porque há algum tempo atrás, em conversa com um colega de trabalho, comecei a me lembrar de uns momentos difíceis que passei quando comecei a trabalhar.
Quando me separei, eu sai prestando tudo quanto é concurso, pois já estava para completar 35 anos e praticamente nunca havia trabalhado.
Na minha cabeça, o mercado não iria me querer!
Então, prestei os mais variados concursos: prefeitura (áreas da saúde e educação), bancos, SAAE. Atirei pra todo lado! 
O primeiro que me chamou foi justamente o da Prefeitura, para o cargo de Auxiliar de Consultório Dentário.
Quando prestei o referido concurso, na minha cabeça, uma auxiliar seria um tipo de secretária, que atende os telefones, marca as consultas, e só. Mas na prática, foi bem diferente...
Quando comecei, fui trabalhar num posto de saúde que atendia crianças. E meu trabalho era o de auxiliar os dentistas na prática: ficar ao lado, preparando o os materiais que seriam usados nas obturações, esterilizar tudo a cada consulta, e no final do dia, lavar o material contaminado.
No primeiro dia eu quis fugir de lá: meu estômago revirava quando pensava no sangue...
Esse é um trabalho digno, como outro qualquer, mas eu creio que pessoa tem que gostar, tem que ter vocação, para não passar apertado como eu passei!
Depois do meu primeiro dia, eu saí disposta a prestar qualquer outro concurso pra sair de lá...
E foi também aí que tive minha primeira crise de labirintite. Ia trabalhar zonza, zonza. Não podia olhar pra baixo que virava tudo. Só pela misericórdia! Eu acho que foi o nervoso...
Pra ajudar, como diz a lei de Murphy: nada é tão ruim que não possa piorar... Depois de algum tempo, fui transferida para o Centro de Especialidades Odontológicas.
Era mais perto de minha casa, só que para alguém que tem "medo" de sangue, era o "inferno"!
Lá eram feitos todos os procedimentos odontológicos mais complexos: tratamentos periodontais, de canal, cirurgias de dente do siso. 
Toda sexta-feira, tinha o tratamento de pacientes especiais: HIV positivos, com tuberculose, entre outros.
Eu morria de medo!  Nessa fase, "apanhei" bastante, mais do que cachorro na horta! 
Para completar esse quadro nada animador, na época existia um sugador da cadeira de cirurgia, denominado "Nevoni", e junto dele existia um "bendito" de um vidro...
Para os que têm estômago fraco, eu já vou avisando que o relato que segue é bem nojento!
Era um vidro enorme que ficava acoplado ao sugador, e o mesmo servia para acondicionar a saliva e o sangue que eram sugados durante as cirurgias.
Quando me deparei com aquilo, quase nem pude acreditar... Era uma das coisas mais nojentas que tive o desprazer de conhecer!
No final do dia, ele ficava cheiinho... E tínhamos que esvaziá-lo e lavá-lo.
Para amenizar um pouco a situação,  eu tive a ideia de revezar com a outra auxiliar  que também trabalhava lá, para lavar o  "bendito". Mas como era nojento!
Por ironia do destino, quando saí desse meu emprego para ir trabalhar no banco (havia prestado outro concurso público), fiquei sabendo que ele havia sido substituído por um aparelho de bomba a vácuo. Mas enquanto trabalhei lá, tive que me acostumar como “nojento”.
Pois bem, trabalhei dois anos na Prefeitura, como auxiliar de consultório. Nesse ínterim, uma escola também me chamou para trabalhar (de outro concurso que havia prestado). 
Mas já estava tão acostumada e conformada com o serviço, que acabei ficando por lá. Principalmente porque o salário era quase o mesmo e devido à proximidade de minha casa.
Quando estava totalmente adaptada ao serviço ( e já tinha "penado" bastante ),  o banco me chamou. Estou lá desde então...
E ontem,  no trabalho, vivi uma situação enquanto estava atendendo um cliente, que me fez lembrar de tudo novamente!
Um rapaz passou no meu caixa com uma boa quantia de dinheiro.
Eu, como de costume, arrumei todas as notas (todas viradas para a mesma direção), para começar a contá-las. Estava uma bagunça!
Ele então achou engraçado, e me disse que cada um nasce pra fazer um tipo de coisa. Que cada um tem a sua vocação.
Que ele não teria paciência para esse tipo de serviço: tão meticuloso!
Então eu sorri, e disse a ele que antes de ser caixa, eu havia trabalhado em um serviço totalmente diferente (fazia análise de crédito rural - anteriormente, logo que entrei no banco).
E que antes disso, eu já havia feito cada tipo de serviço, que ele nem iria imaginar! E então, contei uma pequena parte da minha história pra ele.
Por isso, eu digo sempre, que a gente se acostuma com tudo nessa vida!!
Basta a  necessidade bater à nossa porta, que arranjamos forças sem saber de onde!
Ou melhor, eu sei sim: Deus nos capacita! A nossa força vem do Alto!!
Quando estamos fracos, Ele vem e nos faz fortes. E nos capacita a seguir em frente e recomeçar!
Foi assim comigo, e creio que é assim com muita gente por aí...
Então, como disse aquele colega meu, a meu respeito: eu fui e sou polivalente, ou melhor: valente!
Mas tudo, pela graça do Senhor!

"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Tua fidelidade!". Lamentações 3:22-23

quarta-feira, 20 de março de 2013

O tempo, mais uma vez...

Imagem extraída do Google
Aquela música cujo refrão diz assim: "Pare o mundo que eu quero descer!" não me sai da cabeça!
Como sempre tenho me sentido refém do tempo! 
O tempo - ou melhor - a falta dele, é algo que me assombra, que me aflige. E que ainda não consegui administrar muito bem.
Ontem passei o maior "carão" com uma amiga, colega de trabalho.
Ela saiu em licença maternidade, um pouco antes da data prevista para a o parto.
E eu, com a correria de sempre, e por ter não ter estado muito bem (tive uma crise de labirintite no mês passado), me confundi com a data. Achei que a neném fosse nascer no final desse mês.
Aí, ontem, eu perguntei (na maior inocência) para outro colega meu - será que a neném já havia nascido. Ele riu de mim, e me disse que dali a pouco ela já iria completar 18 anos, e eu nem estava sabendo...
 E ele e os outros colegas (todos homens), ficaram sabendo e nem se deram ao trabalho de me avisar (homem não liga pra essas coisas...). 
Já fazia mais de um mês que a bebê havia nascido!
Eu e essa minha colega mantemos contato pelo Facebook, mas eu não tinha visto nenhuma atualização. 
E nesse tempo todo, ela deve ter estranhado: por eu não ter enviado felicitações, comentado sobre a neném, que é linda!
Então, o jeito foi explicar a situação e me desculpar... Que "carão" eu passei!
E com essa minha correria, o que eu mais passo é vergonha, por conta de situações desse tipo.
Há alguns meses atrás, parei para conversar com uma vizinha minha. Eu sempre passava e a cumprimentava, mas nunca dava pra conversar.
Aí, conversa vai, conversa vem, e ela de repente me perguntou se eu estava sabendo sobre do marido dela.
Como há alguns meses ele havia estado doente e depois melhorou, eu pensei que ela estivesse falando a esse respeito. E eu disse que sim.
Qual não foi minha surpresa, quando ela me disse que ele havia falecido há quatro meses!
Mas como? Pra mim, eu o tinha visto naqueles dias...
É... mas na verdade,  já  tinha se passado mais de quatro meses, e eu nem havia percebido...
Foi uma situação bem constrangedora! Está certo, que o meu vizinho do lado estava viajando (ele sempre nos põe a par do que está acontecendo na vizinhança).
Mas fiquei bem chateada com a situação e pedi mil desculpas: por não ter lhe dado os pêsames, ou não ter lhe levado uma palavra de conforto.
Nessas horas, em situações como essas que acabei de relatar, é que eu me lembro do refrão daquela música! 
Tem hora que essa correria desenfreada, esse vai e vem interminável, cansam!
Aí, dá vontade de largar tudo, pegar a família e ir morar no meio do mato - numa casinha no campo, ou numa praia deserta... 
Em algum lugar onde a vida passe mais devagar. 
Onde os dias possam ser mais bem aproveitados...
Onde as pessoas ainda tenham tempo pra jogar conversa fora. 
Pra tomar um chá ou um café juntas, e colocar em dia as novidades...
Um lugar onde se tenha tempo pra chorar com quem está sofrendo.
Pra celebrar com quem se alegra!!
Um lugar onde tenhamos tempo. Só tempo, e nada mais!

"Ensina-nos Senhor a contar os nossos dias de tal maneira, que alcancemos corações sábios". Sl. 90-12

quarta-feira, 13 de março de 2013

Um aeroporto... e muitos apelidos!

 
Imagem extraída do Google
Meu marido é metalúrgico, e sempre trabalhou com muitos homens.
E onde se reúnem muitos homens, sempre há também muitos apelidos.
Eu me divertia quando ele me contava o rol dos apelidos lá da fábrica!
Pois bem: eu trabalhei em Campinas por quase sete anos, e um belo dia fui transferida para uma agência dentro de um Aeroporto.
E não é que fui trabalhar em meio a um monte de homens!
Tanto colegas, como clientes, são homens em sua maioria.
Tenho contato diariamente com despachantes aduaneiros e office-boys.
O que mais se vê por lá são apelidos! E para todos os gostos!
Alguns são criativos, outro maldosos... Há uma variedade enorme!
E eu sempre fiquei fascinada com essa ampla gama de apelidos desde que comecei a trabalhar lá.
Me divirto quando penso em alguns, pois a maioria é fruto de muita criatividade!
Seguem alguns exemplos: Pipoca, Pipoquinha, Gaúcho, Zacarias, Seu Pepeu, Paulo Coelho, My Friend, Pelé, Alemão, Indiozinho, Meu Filho, Meu Pai, Batatinha, Jovem, Pequenino, Frank, Milene Darf, Pica-Pau, Piu, Tio, Tia, Beiçola, Coxinha, Branca, Pelé, Tigrão, Aroreira, Goiabeira, Papi - Papito, Bombadinho,  Galera, Bugrino, Pocahontas, Canela, D. Sueli - a Mãezona, Gola Suja, Dã, Grafite, Peninha, o Alquimista, Batista, Pitta, Dadá, Fi, Jonas Bananinha, Pisca, Professor, Seu Rosa, Jura, entre outros!
Vale ressaltar, por exemplo:  Bruninho - o “Pequenino” tem esse apelido por ser de baixa estatura. Mas, ao mesmo tempo é tão seguro de si e articulado, que a sua altura não faz a menor diferença!
O Frank - que eu pensei a princípio ser um nome - tem esse apelido em alusão a "Frankenstein": porque caiu e se acidentou tantas vezes de moto, que acabou cheio de cicatrizes. Que maldade...
O Alquimista foi um faxineiro que trabalhou por lá há algum tempo atrás, e que ganhou esse apelido porque durante as limpezas diárias nos banheiros do prédio, resolveu misturar os perfumes e desinfetantes que usava, e provar a "mistura" em si mesmo. Acabou ganhando um "cheiro" insuportável, juntamente com o apelido...
A Milene ganhou o apelido de “Milene Darf” porque de vez em quando aparece lá na agência com centenas de Darfs para serem digitados manualmente. Quando ela aparece com aquela pilha de papéis, o pessoal já começa com as piadas. E, geralmente, ela sempre "cai" no meu caixa... Teve dia que terminei o expediente com “tendinite”, e com o dedo rachado de tanto digitar!
A Dona Sueli “Mãezona” é uma cliente que aparece na agência, quase que invariavelmente, todos os dias.  Já é da “casa” , e quando chega é sempre aquela festa!
E por fim, tem o “Jovem”: que é um despachante com mais de 80 anos. Que está a aproximadamente meio século trabalhando no aeroporto.  Corre a conversa de que até a carga do Santos Dumont ele desembaraçou... ☺☺
Mas, independente da idade, tem tanta força e vitalidade, que acaba deixando muito jovem pra trás!
Apesar do corre-corre que é todo santo dia, eu me divirto nesse ambiente que é de certa forma descontraído.  Sempre com muitas histórias e muitos apelidos!
E, como diz aquele velho ditado: “a gente ganha pouco, mas se diverte!”. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

O que é ser mulher??

Hoje faço uma repostagem de um texto que escrevi  em março do ano passado, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
De lá pra cá, minha rotina não mudou muito...
Ou melhor! Acabei arranjando mais algumas coisas pra fazer! 
Segue aqui a minha homenagem à todas nós, mulheres!!
 

"08 de Março - Dia Internacional da Mulher.
Vi essa imagem no facebook e não pude deixar de me identificar...
Ela expressa muito bem o que realmente é ser mulher!
Hoje acordei um pouco mais cedo, pois o Pedrinho chorou por volta das 5h00 da manhã (está meio resfriado). Então perdi o sono e não dormi mais.
Às 6:30, a Nat (minha filha mais velha, já casada), me ligou dizendo que estava passando mal, com virose, e que precisava ir ao pronto-socorro (o meu genro havia viajado a  trabalho, e ela estava sozinha).
Então corri, tomei um banho, me aprontei, aprontei o Pedrinho - é dia da consulta dele ao pediatra.
Passei na casa da Nat para pegá-la, deixei-a no pronto-socorro. 
Fui para a clinica levar o Pedrinho à consulta. Saí, passei na farmácia pra comprar um remédio que o médico receitou. Fui direto pra escolinha dele. Nesse ínterim, minha filha ligou, pois já havia saído da consulta. 
Deixei o Pedrinho na escola, peguei a Natália (que estava mesmo com uma virose). Deixei-a em sua casa, e voltei pra minha casa.
Dei uma zapeada no meu facebook e e-mail. Comecei a escrever este blog (que pretendo terminar à noitinha). Me arrumei pra ir trabalhar. Isso tudo, até às  10h:30 da manhã...
E é mais ou menos assim, todos os dias...
Geralmente, eu incluo durante a semana, duas aulas de pilates na parte da manhã, e meia aula de hidroginástica - duas vezes por semana (meia, porque é no único tempo que me sobra antes de ir trabalhar...). 
E faço isso, na maioria das vezes, não por vontade própria, mas com convicção e certa disciplina, pois depois dos 40 e já na menopausa, a gente tem que se cuidar pra não travar...
Às vezes, lavo e  estendo  as  roupas. Passo algumas à ferro. Faço a papinha do Pedrinho.
E à noite quando chego, certas vezes faço o jantar também. 
O meu marido me ajuda, com a comida e alguns outros afazeres. Mas sem usar de falsa modéstia: infelizmente os homens não têm a capacidade que nós mulheres temos, de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Então, de certa maneira ele me ajuda, mas a divisão das tarefas nunca é  igualitária...
Bem,  voltando ao cronograma:  lá vou eu pra mais um dia de trabalho (profissional...).
...
Aqui estou eu novamente, depois de mais um dia de trabalho. Hoje cheguei com meia hora de atraso, pois o ônibus atrasou.
Estou "só o pó da rabiola", com dizem por aí... 
E que ironia: no dia internacional da mulher!
Comentando com minha amiga Sandra ao telefone, sobre toda a correria e os percalços por que passei, ela apenas me respondeu: mas que dia internacional da mulher? O dia da mulher é todos os dias! E hoje, você realmente viveu um dia de mulher...
...
E sabe que ela tem razão!
Ser mulher é se virar em duas, em três... 
É ter jornada dupla, tripla...Todos os dias!
É ser esposa, mãe, amiga.  Às vezes,  profissional atuante no mercado, estudante.
E depois de  tudo isso, ainda se espera que estejamos sempre em forma, lindas e perfumadas...
Nós somos o "sexo frágil que não foge a luta", como diz aquela música!
Então, parabéns pra  todas nós!  No dia da mulher (que foi ontem, mas só consegui terminar meu texto  hoje, depois de uma noite mal dormida...), e em todos os dias! 
Creio que nós merecemos!!
E que Deus nos abençoe, nos capacite e nos fortaleça, sempre!"