O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A angústia do adiado, do inacabado


Imagem extraída do site: http://www.panelaterapia.com/2011/01/meta-2011-fim-do-quarto-da-bagunca.html
Via de regra, não sei se isso ocorre com a  maioria das pessoas, mas como eu sou  imediatista (e tudo que começo, não vejo a hora de terminar) uma das cosias que mais me angustiam, é o "projeto" adiado ou inacabado.
Isso se aplica, desde as coisas que são consideradas importantes em minha vida, até às mais banais em  meu cotidiano.
O dia 27 de agosto último, foi um dia de alívio e vitória pra mim, pois finalmente terminei um curso que havia começado em 2007; e que eu deveria ter terminado em dezembro do ano passado (mas por uma série de intempéries que passei entre 2009 e 2010, não consegui). No dia, dei Glórias a Deus pela missão cumprida!
E pode parecer bobagem: mas estes últimos dias, parece que tirei um fardo de minhas costas! Pois anteontem comecei a arrumar um quarto aqui de casa - que parafraseando Rubem Alves -  bem poderia ser chamado de "quarto de badulaques"...
Sabe aquele cômodo, em que a gente vai amontoando tudo que ainda não sabe onde vai pôr, ou que está com preguiça de guardar no lugar certo?
Pois era assim que esse quarto se encontrava: todo desarrumado, numa espécie de caos, onde havia de tudo, mas não se encontrava nada.
Anteontem eu dei uma basta! Me lembrei até daquela música "it's now or never", quando comecei...☺
Eu estaria mentindo, se dissesse que nunca piquei tanto papel em minha vida! Porque já fiz esse tipo de arrumação outras vezes...
Mas me coloco a pensar como é incrível a capacidade que o ser humano tem de acumular papéis e coisas inúteis...☺
E assim foi: pica uma papel aqui, separa outro ali.
Organiza uma coisa aqui, outra ali...
E o caos foi indo embora, dando lugar à um quarto arrumado (que seria um "escritório", depósito e afins).
É engraçado, mas ao fazer esta simples faxina, foi como se estivesse colocando em ordem, algo que dentro de mim, que também estava meio "bagunçado"...
Hoje me sinto aliviada, pois o que havia sido adiado, finalmente foi terminado (ou quase - ainda falta a parte do meu marido...☺).
Mas eu creio que as nossas "bagunças" cotidianas refletem um pouco (ou muito) do que se passa em nossa alma, em nossa mente e em nosso coração...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tênis e Frescobol - Por Rubem Alves


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal.
Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele:
"Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta:
'Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?'
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar." (...)
A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras.
E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo..."
Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada."
É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário.
E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado.
Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são nossas fantasias, idéias, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres.
Bola vai, bola vem - cresce o amor...
Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim... 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Saia Justa...


No sábado vivi uma "saia justa"...
Fomos eu, meu marido, minha irmã e meu cunhado num supermercado que é um clube de compras.
Eu vi uma banca de "saldão"  logo na entrada,  e como eu "amo" uma promoção, fui direto nela antes de qualquer coisa!
Encontrei em minha "garimpagem",  um vestido florido de linho por meros R$ 14,90.
De pronto coloquei-o no carrinho. Depois é que fui conhecer o supermercado melhor.
Em dado momento,  fiquei que sabendo que não havia provadores no local. Pensei comigo: não tem problema, eu experimento por cima roupa.
Então fomos às compras. Fiz a "festa":  aproveitei pra comprar somente o que estava barato.
Depois de muito andar, o meu marido, minha irmã e meu cunhado resolveram se dirigir ao caixa,  pois havia filas enormes!
Só então me lembrei do "bendito vestido" que eu ainda não havia experimentado.
Deixei todos lá no caixa, e fui em direção à um espelho que ficava um pouco perto das roupas, e um pouco junto ao corredor de frios (sabe-se lá porquê...).
O tamanho era M.  Em tese, era pra servir, pois é meu tamanho. 
Só que hoje em dia, o tamanho das roupas anda meio descontrolado - eu já cheguei a comprar roupa tamanho GG.  Nessas horas, eu fico com dó das que são realmente gordinhas...
Vesti o vestido, e o mesmo serviu direitinho até a cintura. Quando chegou no quadril,  eu vi que ficaria justo demais, pois a saia tão estava proporcional à parte de cima.
Foi aí que começou minha "saia justa"...rsrs
Na hora de tirar, o vestido ficou entalado nas minhas costas e cabeça.  E eu lá no meio do corredor: sem ver nada,  e ninguém conhecido por perto pra me ajudar...
Com muito custo,  consegui pôr minha cabeça pra fora, e por sorte havia uma senhora por perto,  pra quem eu pedi ajuda.
Ela meu ajudou com sorriso no rosto (creio que segurando pra não rir!!).
Só então consegui tirar o vestido...
Eu nem olhei para os lados,  pra ver se tinha mais gente olhando...rsrsrs
Fui apenas saindo de fininho em direção ao caixa, pra encontrar meu marido e os outros.  Eles riram a beça comigo!
Essa foi realmente uma "saia justa" pra mim,  nos sentidos: figurado e literal da expressão...☺